24/12/12

Blade Runner Sketchbook (1982)

Sou um grande fã de filmes de ficção científica. Por isso, fiquei muito contente quando, quase por acaso, descobri este sketchbook do magnífico Blade Runner, de Ridley Scott. Ei-lo:


17/10/12

esta ansiedade. esta ausência de não sei o quê...


Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?
                                  Luís de Camões
não me consigo concentrar. esta inquietação. esta ansiedade. esta ausência de não sei o quê... arde. sufoca.como se silencia o silêncio?
O AMOR É QUANDO ALGUÉM MORA EM NÓS

12/10/12

Nirvana - Live at Reading Festival (1991)

Em agosto de 1991 fui a Inglaterra, ao Reading Festival, assistir a um concerto da minha banda favorita da altura, os Sonic Youth! No cartaz desse dia estavam vários grupos que gostava de ouvir: Silverfih, Pop Will Eat Itself, Mudhoney, Babes in Toyland... Na primeira metade dos anos 90, era essa a música que me punha os cabelos em pé!
A meio da tarde, tocou uma banda que nunca tinha ouvido, mas da qual gostei particularmente, os Nirvana! O som da guitarra, a voz rouca, a atitude dos músicos... aquilo era rock e era punk, e eu gostei mesmo muito! Nessa altura, eram ainda um grupo quase desconhecido, embora poucos meses depois tenha começado o "fenómeno global" que acabou por vitimar o vocalista, Kurt Cobain!
Na minha primeira viagem ao estrangeiro, assisti a dois concertos memoráveis: este, dos Nirvana (sim ESTE!, não outro qualquer!), e o dos Sonic Youth, já durante a noite. Para além disso, tinha a companhia da minha querida-amor... e eu estava realmente apaixonado! Foi um dia inesquecível! 
Hoje, onze anos depois, encontrei no YouTube esse concerto dos Nirvana de que tanto gostei e que vai ficar para sempre ligado às minhas boas recordações. 
Ali à frente, do lado direito do palco, sou eu aos saltos, com os braços no ar! :))

 

29/09/12

David Bowie - The Story of Ziggy Stardust (Doc.)

Documentário da BBC sobre a história de Ziggy Stardust, o alter ego de David Bowie, possivelmente o mais influente da história da música pop/rock:

01/07/12

Tim Burton - a filmography (Martin Woutisseth)

Martin Woutisseth, um web and graphic designer que vive na cidade de Lille, em França, criou esta animação com a filmografia de Tim Burton. Vale a pena ver:



Music: Romain Trouillet 
Designed and animated by Martin Woutisseth:
site: martinwoutisseth.com/
blog : finestblackdesign.blogspot.com
twitter: @mwoutisseth
mail : contact@martinwoutisseth.com

18/05/12

"Um dia isto tinha de acontecer", um texto de Mia Couto


Um texto de Mia Couto sobre o "falhanço" desta geração:

«Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida. 
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações. A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. 
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos. 
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor. Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1.º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse.
Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada. Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou. Foi então que os pais ficaram à rasca. Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado. Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais. São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração. 
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar! 
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas. 
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados. Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional. Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere. Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam. Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras. Eis uma geração tão habituada ao muito e ao supérfluo que o pouco não lhe chega e o acessório se lhe tornou indispensável. Eis uma geração consumista, insaciável e completamente desorientada. Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.
Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração? Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos! Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós). 
Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida. E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!! Novos e velhos, todos estamos à rasca. 
Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens. Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles. A culpa de tudo isto é nossa, que não soubemos formar nem educar, nem fazer melhor, mas é uma culpa que morre solteira, porque é de todos, e a sociedade não consegue, não quer, não pode assumi-la. Curiosamente, não é desta culpa maior que os jovens agora nos acusam. Haverá mais triste prova do nosso falhanço.»
Mia Couto


01/04/12

5 Anos Mudaram Tudo (doc.)

O documentário "5 anos mudaram tudo" foi realizado pela HOTWords e tem como tema as grandes transformações vividas pelo mercado da comunicação nos últimos 5 anos. Uma retrospectiva e uma análise dos principais acontecimentos dessa revolução tecnológica, a partir das entrevistas de personalidades envolvidas nesse mercado.



18/03/12

Einstürzende Neubauten - Halber Mensch / 1/2 Mensch (1985)

O japonês Sohgo Ishii é um cineasta acostumado a realizar filmes experimentais. Em 1985, durante uma viagem do grupo alemão Einstürzende Neubauten pelo Japão, Sohgo realizou um dos filmes mais impressionantes da arte contemporânea, misturando diversas linguagens: música, video-instalação, dança Butô e cinema. Dentro de um contexto urbano apocalíptico, os Einsturzende Neubauten provocam um grande acontecimento artístico, unindo o caos com a cultura milenar japonesa.
 

Track List:
Armenia
Sehnsucht
Letztes Biest
Abfackeln!
Zerstörte Zelle
Halber Mensch
Z.N.S.
Yü-Gung (Fütter Mein Ego)
Die Zeichnungen Des Patienten O.T.
Der Tod Ist Ein Dandy
Das Schaben 

26/02/12

Electronic Awakening (Doc. 2011)



ABOUT THIS PROJECT

Have you ever felt transcendence on the dance floor... a complete sense of unity with the music and the world around you?

This film explores that trans-formative experience and the evolving spirituality of Electronic Dance Music culture.
Exploring:
OUR ANCIENT CONNECTION TO MUSIC AND CELEBRATION.
RAVE CULTURE. BURNING MAN. EARTHDANCE.
THE VISIONARY ART MOVEMENT SUCH AS ALEX GREY.
PSYCHEDELICS AND THE PHILOSOPHY OF TERENCE MCKENNA.
In Electronic Awakening, director Andrew Johner lifts the veil on an underground spiritual movement that has developed within electronic music cultures worldwide. Electronic Awakening is an Ethnographic Documentary feature film which investigates the spirituality of the Electronic Dance Music Culture and includes information about 2012 that hasn’t been released in the mainstream market.
Please become a part of this amazing film about the underground dance movement that is happening planet-wide right now by contributing. To reward our contributors, we are sending out a special "Supporters-Edition" DVD signed by me to those who assist our campaign. This will be mailed out even before we go public to give our contributors a sneak-peek in appreciation for their efforts.
Thanks again for your contribution and helping me get my years of work up on the screen!
A.C. Johner - Director
In Association With Keyframe Entertainment - Producer
Electronic Awakening features interviews and footage from...
with Graphics from Doctor Spook  and Paradise 2012
Music by Crystal Method, Vibrasphere, Androcell, Random Rab, Jason Knight, Govinda, Bird of Prey, and many more!
Read more about this project at "The Seamless Edge Of Revelation" by A.C. Johner "Where's the Party in 2012?" by A.C. Johner

12/02/12

Mur – Simone Bitton (Doc.)


Diretor: Simone Bitton

IMDB
Sinopse:
No verão de 2002, o primeiro-ministro israelita Ariel Sharon ordenou a construção de um “muro de segurança”, não só para definir claramente a fronteira entre Israel e Palestina, mas também, e sobretudo, para impedir as forças palestinianas de entrar facilmente em território israelita. Enquanto o muro segue, corta bairros, jardins ou fazendas, servindo como feia lembrança da divisão e do conflito, prendendo pessoas de ambos os lados dentro da barreira.
Documentário da autoria do cineasta Simone Bitton, um judeu nascido em Marrocos que se identifica com ambas as culturas, árabe e israelita. Nele, examina o longo e caro processo de construção desta barreira, entrevistando pessoas que a construíram, bem como aqueles que são forçados a viver na sua sombra.
Mur foi exibido como parte do Festival de Cinema de Sundance, em 2005.
Download:
http://safelinking.net/p/6b8504a62b
Senha: mkvtony

27/01/12

Trainspotting – Danny Boyle (1996)

 

• Título Orignal: Trainspotting

• Direção: Danny Boyle
• Roteiro: Irvine Welsh (romance), John Hodge (roteiro)
• Origem: Reino Unido
• Duração: 94 minutos
• Legenda: PT-BR

 

Para escaparem ao tédio e ao dia-a-dia frustrante da sua cidade, um grupo de jovens resolve entregar-se à heroína, «to take the pain away». A droga trará a ruina às suas vidas.

Com este filme, Danny Boyle entrou diretamente para o Top Ten dos meus realizadores preferidos da altura, pela maneira crua, fria e irónica como me contou uma história que, afinal, era o retrato de um certo tipo de juventude dos anos 90. Lembro-me que o «Choose Life» ficou a ecor-me no cérebro… assim como a música dos Underwold, que se tornou num ícone de uma nova geração

282MB / RMVB / IMDB / TRAILER

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